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Jardim América em 1934 |
Os Jardins surgiram a partir de um revolucionário projeto urbanístico e arquitetônico da 'City of São Paulo Improvements and Freehold Land Company Limited',ou 'Companhia City', como é conhecida a mais antiga empresa urbanística em funcionamento na capital.
O conceito de bairros-jardins desenvolvido para os subúrbios da Inglaterra se tornou sucesso na Europa no início do século XX e,em 1913, começou a ser trazido para o país pela City. Os terrenos da várzea do Caaguaçu, Villa América e Freguesia do Espírito Santo da Boa Vista, na vertente do Pinheiros, pertencentes aos coronéis Joaquim e Martinho Ferreira, foram arrendados pela Companhia City, que ali ergueu o primeiro bairro planejado de São Paulo e a primeira City Garden da América do Sul, o Jardim América.
Antes da divisão dos lotes, a área eve de ser drenada e aterrada em 50 centímetros,para o escoamento das águas pluviais, que em dias de chuva tornavam intransitável toda a região até onde hoje fica a Avenida Rebouças.
Elite.
Os lotes paulistanos, que em nada lembravam as dimensões dos destinados aos operários ingleses, foram pensados para servir à nova elite de São Paulo, que começava a procurar terrenos além da região da Avenida Paulista.Os Jardins Europa, Paulista e Paulistano vieram depois, seguindo o sucesso da primeira empreitada.
A formação dos Jardins remonta à história social e econômica de São Paulo e reflete as transformações dos anos 1920 e 1930.Os casarões dos barões do café na Avenida Paulista deixavam de ser a imagem da prosperidade econômica para dar lugar às mansões dos grandes industriais nos Jardins.
Texto de Liz Batista publicado no jornal "O Estado de S. Paulo", caderno "Metrópole" excertos p.A21, 8 de março de 2015. Digitalizado, adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.