Não é fácil dizer o número de características irritantes que as mulheres vêem nos homens, mas, pelas cartas que recebemos de mais de cinco mil leitoras, chegamos às sete perguntas que as mulheres fazem com maior freqüência sobre os homens.
- Por que os homens oferecem soluções e dão conselhos o tempo todo?
- Por que os homens ficam passeando pelos canais de TV com o controle remoto?
- Por que os homens não param o carro para pedir orientação?
- Por que os homens insistem em deixar o assento do vaso sanitário levantado?
- Por que os homens criam tanto problema para ir fazer compras?
- Por que os homens têm hábitos pessoais tão desagradáveis?
- Por que os homens gostam de piadas grosseiras?
Esses hábitos dos homens que as mulheres classificam de "maus" pertencem a duas categorias: os que eles aprenderam em sua criação e os que estão relacionados com a programação do cérebro masculino Mas ambos são passíveis de solução. Todo mundo pode ser reeducado, basta saber como fazê-lo.
Por que os homens oferecem soluções e dão conselhos o tempo todo?
"O meu marido está me irritando imensamente com a sua mania de querer arranjar solução para tudo. Ele vive me dando conselhos sobre como lidar com todos os problemas da minha vida - mesmo que eu não queira! Quando eu só quero falar sobre meu dia e meus sentimentos, ele fica me interrompendo para dizer o que eu devo fazer, pensar e dizer. Ele é o máximo para resolver problemas quando se trata de "coisas" - torneiras pingando, lâmpadas queimadas, defeitos no carro e no computador e coisas assim -, mas quando se trata de me ouvir, ele simplesmente não funciona. E se eu não sigo seus "conselhos", ele fica aborrecido.
Para saber por que o homem insiste em dar soluções para toda e qualquer situação, é necessário conhecer algumas características do modo de operação do cérebro masculino. Desde as eras mais primitivas, o macho evoluiu como caçador. A capacidade de atingir alvos móveis, fundamental para que todos pudessem se alimentar, foi sua grande contribuição para a sobrevivência da raça humana. Ele necessitava de precisão para atingir a presa e eliminar os inimigos que lhe disputavam a comida e ameaçavam sua família. Em conseqüência, desenvolveu-se em seu cérebro uma área denominada "visual-espacial" que lhe permite realizar com sucesso toda a sua razão de viver: atingir objetivos e resolver problemas. Os homens se tornaram pessoas direcionadas para os resultados e medem o próprio sucesso pelas realizações e pela capacidade de resolver problemas. Em suma, os homens se definem e se auto-avaliam segundo sua capacidade de resolver problemas.
O homem se valoriza pelos resultados que é capaz de alcançar ou pela precisão com que consegue atingir uma zebra em movimento.
Todo homem acha que é a única pessoa capacitada para resolver os próprios problemas e por isso não acha necessário discuti-los com ninguém. Ele só pede ajuda a outra pessoa quando sente necessidade de uma opinião especializada, e considera que assim está dando um inteligente passo estratégico. O homem a quem ele pede opinião, por sua vez, se sente honrado com a consulta.
Quando um homem pede conselho a outro homem, aquele que dá o conselho encara a consulta como um elogio. Por isso, quando a mulher oferece um conselho que o homem não pediu, ele sente como se ela declarasse que o considera incompetente, incapaz de resolver seus problemas. Para o homem, pedir conselho é uma demonstração de fraqueza, pois ele acha que deveria resolver seus problemas sozinho. É por isso que ele raramente fala a respeito das coisas que o preocupam. Ele adora oferecer soluções e conselhos aos outros, mas conselhos não solicitados, especialmente se partem de uma mulher, não são bem-vindos.
Por que as mulheres se aborrecem com as soluções masculinas?
O cérebro da mulher está estruturado para a comunicação por meio da fala, e o principal propósito da fala é um só: falar. Na maior parte das vezes, ela não está procurando respostas e muito menos pedindo soluções. Eis aqui o problema da maioria dos casais: à noite, ela geralmente quer falar sobre os acontecimentos do dia e compartilhar seus sentimentos, mas, como ele pensa que ela está trazendo seus problemas para ele resolver, começa a oferecer soluções. Ela se chateia porque ele não presta atenção no que ela está dizendo e ele fica zangado porque ela não aceita as suas soluções. "Por que você não cala a boca e escuta?", ela reclama veementemente enquanto se dirige para a porta. "Se você não quer a minha opinião", ele grita de volta enquanto a porta bate, "não peça!" Cada um acha que o outro não dá valor ao que está dizendo.
A mulher quer apenas que o homem a ouça com interesse, mas ele pensa que ela está lhe pedindo uma solução.
Ele acha que está sendo atencioso e amoroso quando procura resolver os problemas da mulher. Ela pensa que ele é indiferente ou está ignorando seus sentimentos ao não escutar.
Estudo de caso: Sarah e Andy
Sarah teve um dia difícil no trabalho: o chefe ficou marcando em cima, ela foi censurada por um erro administrativo, perdeu a carteira e quebrou uma unha. Ela sente que seu mundo está desmoronando e quer conversar com Andy sobre o assunto quando chegar em casa. Ela prepara um bom jantar na expectativa de que terão uma conversa longa e franca enquanto comem. Ele será amável e simpático. Ela poderá abrir o coração com alguém que gosta dela, sabendo que depois vai se sentir muito melhor. Ela quer .que ele escute, que a faça sentir-se amada e compreendida e que transmita a convicção de que ela será capaz de resolver seus problemas.
Mas Andy também teve um dia difícil. Encerrou o expediente com vários problemas importantes ainda pendentes, que terá de resolver antes de voltar para o trabalho no dia seguinte. No caminho de casa, sua mente continua trabalhando em busca de soluções. Sarah lhe telefonou contando que teve um dia ruim, mas ele realmente precisa de um tempo para resolver seus próprios problemas.
Ele chega em casa, dá um rápido "oi" a Sarah e vai para a sala assistir ao noticiário da TV. Ela dá uma olhada na comida e diz que o jantar estará pronto em quinze minutos. Ele pensa: "Ótimo!
Quinze minutos de sossego antes de comer." Sarah pensa: "Ótimo! Quinze minutos para ir conversando antes do jantar." Sarah: "Como foi o seu dia, querido?" Andy: "Bem."
Sarah: "Eu tive o pior dia da minha vida, não estou agüentando mais!" Andy (ainda com um olho nas notícias} "Você não está agüentando mais o quê?" Sarah: "O meu chefe está me criando o maior problema. Quando cheguei para trabalhar de manhã, ele disse cobras e lagartos do meu trabalho e quis saber por que eu não tinha ainda terminado a nova campanha de publicidade. Depois me disse que queria ela pronta no fim da semana e que estava agendando com o cliente uma reunião na segunda-feira para ver o trabalho. Quando eu tentei explicar que a campanha não estava pronta porque ainda estou trabalhando no projeto Seinfield, que ele me tinha dito que era urgente, e que eu não teria como terminar os dois projetos nesse prazo, ele me interrompeu dizendo que não queria mais ouvir desculpas e que queria a campanha na sua mesa antes de eu encerrar o expediente na sexta-feira. Dá pra acreditar? Ele simplesmente não me ouviu... (ficando danada da vida) ... aí mudou de assunto e disse que me veria às seis da tarde de sexta-feira para examinar os problemas de última hora. Tive vontade de ir embora. Eu acho que não agüento mais isso..."
Andy: "Olha, Sarah, é simples... o que você tem de fazer é se defender, dizer a ele que você não pode terminar os dois projetos ao mesmo tempo e perguntar qual dos dois ele quer primeiro. Amanhã você vai lá e diz a ele que esse prazo é impossível, que ele vai precisar ajustá-lo ou colocar alguém para ajudar você com os dois projetos." Sarah (ficando emotiva} "Eu não posso acreditar no que estou ouvindo! Estou falando com você sobre o chefe que fica me dando ordens e não me ouve, e você começa a dizer tudo o que eu tenho de fazer. Não dá pra você simplesmente me ouvir? Estou cheia de homens que sempre sabem de tudo."
Andy: "Saraaah! Se você não quer a minha opinião, não me venha falar de seus problemas. Resolva-os você mesma e pare de se queixar comigo! Eu já tenho problemas suficientes que, por sinal, sempre resolvo sozinho!"
Sarah (quase chorando} "Ah, é? Então vá se danar! Eu arranjo outra pessoa que me escute e que não vai ficar me dizendo o que eu fiz de errado! Você cuida do seu jantar! Eu vou sair e não sei a que horas volto!"
Para homens e mulheres do mundo todo, esta é uma cena bastante comum. No final, Sarah se sente abandonada, desamada e ferida. Andy se sente desvalorizado e perplexo, porque Sarah criticou justamente a sua maior aptidão: resolver problemas.
Como Andy poderia ter lidado com a situação
Vamos retroceder a fita e ver como Andy podia ter evitado uma noite tão ruim. Sarah: "Como foi o seu dia, querido?"
Andy: "Foi bom. Tenho alguns problemas de trabalho para resolver de manhã, mas vou ficar melhor depois que puder pensar um pouco neles." Sarah: "Eu tive o pior dia da minha vida, não estou agüentando mais!"
Andy: "Ah, meu amorzinho, quero que você me conte tudo o que aconteceu, mas antes me dê uns quinze minutinhos para eu resolver meus problemas de trabalho. Durante o jantar vou ouvi-la com a maior atenção e carinho."
Sarah: "Está bem... eu chamo você quando o jantar estiver pronto. Quer um drinque agora?" Andy: "Obrigado, querida... Eu adoraria."
Ao pedir quinze minutos e obtê-los, Andy tem agora tempo e espaço para "sentar-se diante da fogueira" e pensar nos seus problemas. Sarah se sente confiante e feliz, porque ele lhe dará toda a atenção durante o jantar. Ela vai poder desabafar e se sentir melhor com a vida. Eis como foi o jantar:
Sarah: "Meu chefe está me criando o maior problema. Quando cheguei para trabalhar hoje de manhã, ele disse cobras e lagartos do meu trabalho e quis saber por que eu não tinha terminado a nova campanha publicitária. Aí, ele me disse que queria ela pronta no fim da semana e que estava agendando com o cliente para vir na segunda-feira ver o nosso trabalho. Quando tentei explicar que a campanha não estava pronta porque eu ainda estou trabalhando no projeto Seinfield, que ele me tinha dito que era urgente..." Andy (com uma expressão de interesse) "Querida, mas que coisa terrível! Será que ele não sabe que você anda trabalhando à beça? Você parece tão estressada..."
Sarah: "Você nem sabe como eu ando estressada! Bem, mas aí eu comecei a explicar que a campanha não foi terminada porque o projeto Seinfield consome muito tempo. Mas no meio da minha explicação ele simplesmente me interrompeu dizendo,que não queria mais ouvir desculpas e queria a campanha na sua mesa na sexta-feira, antes do fim do expediente! Dá pra acreditar?"
Andy (demonstrando interesse e resistindo a dar conselhos) "Parece que ele está realmente criando um problema bem difícil para você..."
Sarah: "Ele simplesmente não me escutou... mudou de assunto e disse que me veria às seis da tarde na sexta-feira para tratar de alguma mudança de última hora. Eu estou tão estressada que tenho vontade de ir embora..."
Andy (abraçando-a) "Que dia difícil você teve, querida. O que é que você pretende fazer?" sarah: "Vou pensar no assunto esta noite, acordar cedo de manhã e, se não tiver nenhuma boa idéia, eu gostaria realmente que você me ajudasse a achar uma solução. Estou cansada e estressada demais, mas fiquei muito feliz de poder contar para você. Obrigada por me ouvir, querido. Estou me sentindo muito melhor agora..."
Ao não oferecer soluções imediatas, Andy evitou uma discussão, ganhou um drinque e não acabou dormindo sozinho no sofá da sala. E Sarah, ao dar a Andy um tempo para ele mesmo, evitou as discussões habituais e se sentiu feliz consigo mesma e com a vida.
Quando você quer fazer negócio com o sexo oposto
Homens e mulheres fazem negócios de maneira muito diferente, e quando as duas partes não entendem plenamente o que isso implica, o seu relacionamento comercial pode vir a ser financeiramente desastroso. A mulher, antes de começar a tratar de negócios, tem necessidade de estabelecer um relacionamento com o homem, conversar sobre diversos assuntos, às vezes num nível bastante pessoal, para ver que tipo de pessoa ele é, e se é confiável. Muitos homens têm um entendimento equivocado desse comportamento. Alguns chegam a pensar que ela está lhe dando papo por motivos sexuais ou, na melhor das hipóteses, supõem que ela está pedindo conselhos sobre como resolver seus problemas. Aí eles se sentem no direito de oferecer soluções e dizer o que ela deve fazer. A mulher se ressente muito disso. O mais provável é que ela classifique o homem como uma pessoa que não escuta e que não lhe dará a devida atenção no caso de fazerem negócios jun-tos. Passa a tratá-lo com reservas, deixando-o confuso e aturdi-do com o mau funcionamento de seu relacionamento comercial. O homem precisa entender que, até nos negócios, é mais fácil lidar com uma mulher quando ela primeiro estabelece uma ligação pessoal. E a mulher precisa entender que o homem se sente desconfortável discutindo assuntos pessoais e por isso prefere passar direto aos negócios. Quando as duas partes se compreendem, tornam-se muito mais propensas a assumir compromissos - o que a longo prazo leva a um relacionamento comercial muito mais consistente.
Como evitar discussões com o sexo oposto
Quando a mulher está tensa e preocupada, precisando conversar, o melhor e mais simples é dizer ao homem: "Eu preciso conversar com você sobre várias coisas. Não preciso de soluções, só quero que você ouça." Com essa abordagem, o homem fica satisfeito e sabendo exatamente o que ela espera dele.
Solucão
Quando a mulher fala e o homem não sabe se ela está pedindo soluções ou apenas desabafando, basta perguntar: "Você quer que eu ouça ou quer que eu ajude a encontrar soluções?" Dependendo do que ela disser, ele saberá como comportar-se.
Em geral, a mulher quer ser ouvida, não aconselhada.
No paraíso, cada homem tem três controles remotos e os assentos do vaso sanitário ficam sempre levantados.
Resumindo: conselhos são percebidos de maneira diferente por homens e mulheres. Para o homem, dar conselhos é ser atencioso e demonstrar amor, mas a mulher pode interpretá-los como prova de que o homem não está disposto a ouvi-Ia. A lição aqui é simples e definitiva: para o homem, ouvir com empatia, principalmente quando a mulher se mostra preocupada, e, caso não esteja seguro do que ela deseja, perguntar. Para a mulher, deixar claro o que espera do homem com quem está desabafando.
Por que os homens ficam passeando pelos canais de TV com o controle remoto?
Controle remoto. Definição feminina: Aparelho que serve para mudar de um canal da TV para outro. Definição masculina: Aparelho que serve para percorrer todos os 55 canais a cada dois minutos e meio.
Durante milhares de anos o homem passou parte da noite olhando a fogueira depois de voltar da caçada. Ele se sentava entre os companheiros, em estado de transe, e ficava longos períodos sem se comunicar. Os companheiros nunca lhe pediam para falar ou participar. Para o homem, esta é uma forma eficiente de aliviar o estresse e de recarregar as baterias para as atividades do dia seguinte.
O homem moderno ainda olha para a fogueira no fim do dia, mas agora recorrendo a jornais, livros e controles remotos. Certa vez, quando estávamos no longínquo delta do Okavango, ao norte do deserto de Kalahari, no sul da África, notamos uma antena movida a energia solar em cima de uma cabana da aldeia. Entramos e vimos um grupo de mateiros do Kalahari, vestidos de tangas, na frente da televisão, com um controle remoto passando de mão em mão, cada um esperando a sua vez de ficar passeando pelos canais.
As mulheres de todo o mundo têm uma aversão especial pelo hábito masculino de ficar mudando de canal.
Ao fim de um longo dia, a mulher gosta de relaxar assistindo a um programa de televisão, de preferência uma novela cheia de relacionamentos e cenas de emoção. O cérebro da mulher está estruturado para interpretar as palavras e a linguagem corporal dos atores, ela gosta de prever os resultados das situações e também de assistir aos comerciais. Para o homem, porém, ver televisão é um processo totalmente diferente, que existe para satisfazer dois impulsos principais. Por ter o cérebro orientado para a resolução de problemas, ele está interessado em chegar o mais rápido possível às conclusões. Passeando pelos canais, ele analisa os problemas de cada programa e reflete a respeito das soluções cabíveis. Em segundo lugar, o homem gosta de esquecer seus problemas vendo os problemas dos outros, o que é uma das explicações para o fato de a quantidade de homens que assistem aos noticiários da TV ser seis vezes maior que a de mulheres. Como a mente do homem só é capaz de fazer uma coisa de cada vez, olhar os problemas das outras pessoas sem se sentir responsável por eles lhe permite esquecer as próprias preocupações. Trata-se, pois, de uma forma de aliviar o estresse, assim como navegar pela Internet, consertar o carro, regar as plantas, fazer ginástica ou a opção quase sempre favorita, fazer sexo. Concentrado em uma coisa, o homem consegue esquecer seus problemas e se sentir em paz consigo mesmo.
Os homens não querem saber o que está passando na televisão, eles querem saber o que mais está passando na televisão.
Quando uma mulher está preocupada com um problema, dedicar-se a qualquer uma dessas atividades não faz a menor diferença - o problema continuará preocupando a sua mente, capaz de ocupar-se de vários assuntos ao mesmo tempo. Ela precisa falar sobre o problema para obter algum alívio.
Essa diferença básica entre os sexos é uma freqüente fonte de problemas. A mulher tenta conversar com o homem justamente na hora em que ele está lendo o jornal ou navegando pelos canais. Como ele não responde ao que ela fala, ela desafia, perguntando: "Qual foi a última coisa que eu disse?" Para sua frustração, ele geralmente é capaz de dizer. Ele escutou a falação da mulher, mas, com o cérebro ocupado na tarefa de ler o jornal, não estava realmente ouvindo nem analisando o que ela dizia. Apenas lembrava as palavras dela.
A mulher costuma acusar o homem de estar a quilômetros de distância quando ela tenta conversar. Isso o deixa confuso, pois ele acha que sua mera presença física é suficiente. A mulher, porém, quer que ele esteja presente também emocionalmente. Ela se ressente da aparente desatenção do homem e a interpreta como desinteresse pela pessoa dela. O homem se ressente de não poder desfrutar um momento de ociosidade, mesmo depois de ter tentado oferecer soluções e ser rejeitado. Quanto mais a mulher insiste, mais o homem resiste. Quanto mais ele resiste, mais ressentida ela fica.
A mulher precisa entender que olhar a fogueira é a forma que o homem tem de aliviar o estresse e, portanto, não deve tomar essa atitude em termos pessoais. Quando ele fala, é uma coisa de cada vez. O cérebro feminino, de trilhas múltiplas, permite que ela fale sobre uma diversidade de coisas, passadas, pre-sentes e futuras, todas ao mesmo tempo.
O silêncio do homem não significa que ele não a ama. Significa que ele quer um momento de sossego.
O homem, por sua vez, deve entender que a mulher precisa falar para desabafar e aliviar o estresse, sem preocupar-se em chegar a soluções.
Solução
Para resolver o problema do controle remoto, ela deve dizer ao homem, calmamente, que isso a perturba e pedir para ele por favor não o fazer quando ela estiver assistindo ao seu programa. E se não adiantar, ela deve considerar a hipótese de comprar o seu próprio aparelho de televisão e ir ver seu programa em outro cômodo.
Por que os homens não param o carro para pedir orientação?
Durante mais de 100.000 anos, os homens usaram o componente espacial de seu cérebro para rastrear a presa e atingir o alvo. Nesse período, eles aprenderam a arte de manter o senso de direção e reconhecer os caminhos para poder caçar a grandes distâncias sem perder o rumo de casa. Isso explica por que mais de um terço dos homens, quando entram pela primeira vez em uma sala sem janelas, consegue apontar o norte num raio de 90 graus, coisa de que somente uma em cada cinco mulheres é capaz. A explicação mais plausível para o senso de direção dos homens é a maior concentração de ferro no hemisfério direito do cérebro masculino, que lhes pennite sentir o norte magnético. Esta é a mesma habilidade que o homem utiliza para encontrar o lugar onde estava sentado num estádio de futebol, para localizar o carro num grande estaciona-mento e para retomar a um lugar onde esteve uma única vez.
As fêmeas, defensoras dos ninhos e da prole, não se aventuravam sozinhas para além do horizonte, de modo que aprenderam a se guiar por meio de marcos - o senso de direção nunca foi uma necessidade nem parte de sua descrição de funções. Vendo uma árvore, um lago ou uma montanha, ela era capaz de se localizar e encontrar o caminho de casa. Esta é, portanto, a chave para o homem ensinar o caminho a uma mulher. Se ele disser "vá até a rua onde tem uma árvore enorme, depois siga em direção ao edifício cor-de-rosa ao lado do Banco Nacional, do outro lado da avenida", é provável que ela chegue ao seu destina. Mas se ele disser "pegue a terceira saída a oeste na Rodovia 23 e ande cinco quilômetros para o norte", ela pode desaparecer para sempre.
Os homens nunca se perdem - só descobrem destinos alternativos.
Para o homem, reconhecer que está perdido significa que fracassou em sua aptidão número um - achar o caminho. Ele preferiria ir para o pelourinho do que admitir para uma mulher que está perdido. Se você é mulher, está sentada no banco do carona e acaba de passar pela mesma garagem pela terceira vez, é importante não criticá-lo nem dar conselhos, sobretudo se não tem a intenção de ficar a pé.
Solução
Compre um mapa ou um guia e deixe-o no carro. Uma estratégia emergencial rápida e segura é dizer-lhe que você precisa muito ir ao banheiro, o que o obrigará a parar, de preferência, num posto de gasolina. Enquanto você está no banheiro, ele tem tempo de pedir orientação, fingindo que. está comprando alguma coisa. Ou talvez, dependendo da relação de confiança que já foi construída entre os dois, você pode dizer carinhosamente que está aflita para chegar ao destino e pedir-lhe para parar. Peça você a informação, mas se assegure que ele a ouça.
Por que são necessários quatro milhões de espermatozóides para encontrar e fertilizar um único óvulo?
Porque nenhum deles gosta de perguntar qual é o caminho.
Por que os homens insistem em deixar levantado o assento do vaso sanitário?
Até o final do século dezenove, os banheiros eram cubículos nos fundos das casas, do lado de fora. Sempre que uma mulher ia ao banheiro, levava consigo outra mulher, por segurança. O homem, porém, tinha de ir sozinho e se defender em caso de necessidade. Homens nunca urinavam em banheiros, mas nas moitas ou apoiados em objetos, hábito que os modernos herdaram de seus antepassados. É por isso que a gente raramente vê um homem urinando em campo aberto, mas sempre encosta-do numa parede ou numa árvore. Quando a descarga foi inventada no final do século dezenove, o banheiro se mudou para dentro das casas e dos estabelecimentos públicos. Mas a prática de ir ao banheiro em grupo permanece entre as mulheres. Nunca se ouvirá um homem dizer: "Ei, Fred, eu vou ao banhei-ro... Você não quer vir comigo?"
Os homens, quando vão ao banheiro, nunca levam um grupo de apoio.
Hoje em dia, todos os banheiros públicos têm instalações separadas para homens e mulheres, com assentos para as mulheres e mictórios fixados às paredes para os homens. As mulheres sempre sentam, mas os homens só sentam em 10-20% dos casos. As residências modernas são projetadas e construídas para acomodar igualmente homens e mulheres, mas os homens ficam em desvantagem, pois os banheiros domésticos acomodam sobretudo as necessidades femininas. Em casa, o homem tem de levantar a tábua para não molhar o lugar onde a mulher vai sentar. Mas quando esquece de abaixá-la de volta, é severamente criticado, o que deixa muitos homens bastante irritados. Por que é que as mulheres nunca se dão ao trabalho de levantar o assento para o homem? Na Suécia há um artigo de lei obrigando o homem a urinar sentado em banheiros públicos, por ser politicamente correto. Quando Deus terminou de criar o universo, viu que ainda faltavam duas coisas para serem divididas entre Adão e Eva. Uma, ele explicou, era um instrumento que permitiria ao seu possuidor urinar em pé. A dão ficou excitadíssimo e implorou a Deus que o deixasse para ele.
Eva sorriu, benevolente, e disse a Deus que, se Adão o queria tanto, podia ficar. Então Deus o entregou a Adão, que imediatamente foi urinar numa árvore e desenhar uma figura na areia. E Deus viu que isso era bom.
A seguir, Deus dirigiu-se a Eva. "Bem, eis aqui a outra coisa", disse, "eu acho que você pode ficar com ela. ""Obrigada", respondeu Eva. "Como se chama?" E Deus respondeu, sorrindo: "Orgasmos múltiplos. "
Um de nossos leitores homens escreveu-nos para dizer como foi que ele e sua mulher enfrentaram o problema do assento do vaso sanitário: "As mulheres precisam entender que o pênis tem seus próprios desígnios. O homem pode entrar numa cabine de banheiro (quando todos os mictórios estão ocupados), mirar perfeitamente no meio do vaso sanitário, e mesmo assim o pênis consegue urinar em cima do rolo de papel higiênico, na perna esquerda da calça ou em cima do sapato. Eu falo sério, não dá para confiar nele.
"Depois de 28 anos de casados, minha esposa agora resolveu me treinar. Não tenho mais permissão para urinar como homem em pé. Ela exige que eu urine sentado. E me convenceu de que este é um pequeno preço a pagar. Se ela for ao banheiro à noite e sentar outra vez na tábua molhada, ou cair dentro do vaso por-que eu deixei o assento levantado, ela me mata enquanto eu estiver dormindo."
Na verdade, o homem não dá a menor importância para o fato de o assento estar abaixado ou levantado, mas pode se chatear com a mulher se ela lhe exigir autoritariamente que o deixe abaixado, em vez de pedir educadamente - ou abaixá-lo ela mesma.
Solução
Pedir ao homem que urine sentado poderá acarretar alguns problemas. Se o homem se recusar, talvez possa ser lembrado, de maneira calma e firme, que no mundo islâmico milhões de homens se sentam para urinar todos os dias - o que absolutamente não lhes compromete a masculinidade. Diz-se que o Profeta urinou em pé uma única vez na vida, num jardim onde era impossível sentar. Se isso não for suficiente para convencê-lo, simplesmente estabeleça novas regras domésticas. Passa a ser tarefa dele lavar o banheiro, o que significa passar um pano no chão diariamente para limpar todas as gotas extraviadas. Quem sabe isso possa tornar a posição sentada mais atraente?
Se estiver ao seu alcance, a solução ideal é comprar uma casa com dois banheiros - um para ele, outro para ela - ou reformar a casa atual para criar um banheiro extra. Desta forma, cada um pode desfrutar o padrão de limpeza e higiene que lhe agrada, sem ter de se preocupar com o outro.
Por que os homens criam tanto problema para fazer compras?
A grande vantagem de ser homem é poder comprar dois temos, três camisas, um cinto, três gravatas e dois pares de sapatos em menos de oito minutos. E isso é roupa para durar mais de cinco anos. Ele é capaz de comprar presentes de Natal para toda a família em quarenta minutos, às quatro da tarde do dia 24, e sozinho ainda por cima.
Para um homem, um par de sapatos, um terno e duas camisas duram anos, talvez décadas. E o melhor é que, por causa disso, a carteira dele dura muito mais.
Para a maioria dos homens, fazer compras é uma atividade situada no mesmo plano de fazer exame de próstata com um médico de mãos frias. O psicólogo britânico Dr. David Lewis descobriu que o estresse que o homem experimenta durante as compras de Natal equivale ao de um policial lidando com a multidão enfurecida num distúrbio. Para a maioria das mulheres, ao contrário, fazer compras é uma das formas preferidas de aliviar o estresse. As razões disso são claras para quem já estudou a evolução diferenciada do cérebro masculino e feminino e compreendeu as suas respectivas programações. A vida primitiva do homem como caçador lhe deu uma espécie de "visão em túnel" que lhe permite mover-se diretamente do ponto A para o ponto B em linha reta. Os ziguezagues entre lojas e quiosques necessários ao que a mulher considera uma compra bem-sucedida deixam o homem extremamente ansioso, porque toda mudança de direção exige uma decisão consciente. A mulher, porém, com sua visão periférica mais ampla, ziguezagueia com a maior tranqüilidade em meio a um shopping center abarrotado de gente. Os homens evoluíram como criaturas que matavam sua presa e voltavam para casa. Hoje, é exatamente assim que os homens gostam de fazer compras. As mulheres fazem compras da forma como suas ancestrais catavam alimentos: saindo o dia inteiro com outras mulheres para um lugar onde uma delas se lembrava de ter visto crescendo plantas saborosas. Não tem de haver um objetivo ou diretriz específica, e o limite de tempo não é importante. Elas passam o dia indo de lugar em lugar de uma forma não-estruturada, apalpando, cheirando, sentindo e provando todas as coisas que encontram, enquanto falam umas com as outras sobre um monte de assuntos sem nenhuma relação com o que estão fazendo. Mesmo não encontrando nada que valha a pena levar para casa, e voltando no fim do dia com pouca coisa para mostrar, elas se sentem satisfeitas por terem tido um grande dia. Para o homem, essa idéia é inconcebível. Sair um dia inteiro com um grupo de companheiros sem nenhum destino claro, sem rota, objetivo definido, nem limite de tempo, e ainda por cima voltar para casa de mãos vazias, significa que ele fracassou. É por isso que quando se pede a um homem para comprar leite, pão e ovos quando estiver voltando do trabalho pode acontecer de ele trazer sardinhas e maionese light. Ele esquece o que ela pediu e volta para casa com um par de "ofertas": o produto da sua "caçada".
A mulher se veste cuidadosamente de acordo com o tempo, a estação, a moda, a cor do cabelo, da pele e dos olhos, o lugar aonde está indo, a forma como se sente naquele dia, com quem está saindo e o que irão fazer.
Para o homem, basta dar uma cheiradinha na roupa que deixou no encosto da cadeira.
Pesquisas provam que não só os homens não gostam de fazer compras, mas que estas prejudicam a saúde deles, devido ao estresse que provocam. Mas existem formas de ajudar o homem a ter um sentimento positivo a respeito.
Como fazer supermercado
Deixe o homem empurrar o carrinho. Os homens gostam de estar no controle e portanto de "guiá-los" usando sua aptidão espacial para curvas, manobras, velocidades e coisas assim. Pergunte ao homem a melhor forma de arrumar as compras no carrinho - isso faz com que ele use novamente as suas habilidades espaciais para achar a resposta. As mulheres, quando fazem compras, ziguezagueiam pelo supermercado carregando uma lista, mas os homens preferem ir em linha reta, comprar de memória e examinar todos os itens que lhe pareçam interessantes. Em conseqüência, eles sempre levam para casa os mesmos itens - o armário de cozinha de um homem solteiro tem dez pacotes de macarrão, nove latas de molho de tomate e pouquíssima coisa mais. Dê a ele objetivos claros - marcas, sabores e tamanhos - enquanto você ziguezagueia pelas gôndolas, desafie-o a achar os melhores preços e elogieo quando ele obtiver resultados. Pergunte sempre o que ele gosta de comer e compre para ele seus alimentos favoritos. A esta altura a leitora talvez esteja se impacientando e dizendo: "Tudo isso por causa de umas comprinhas?!" Lembre-se: fazer compras não faz parte da programação do cérebro masculino, portanto, é necessário o incentivo.
Como comprar roupas
Os mesmos princípios motivacionais que valem no supermerca-do valem também nas lojas de roupas - dê ao homem tamanhos, cores, tecidos e faixas de preço e mande-o à caça. O cérebro masculino está estruturado para se concentrar numa única tarefa.
O que se pode dizer de um homem bem vestido?
Que a esposa escolhe bem as suas roupas.
Uma explicação para o modo como os homens fazem compras foi desenvolvida a partir de estudo com galinhas. Quando recebiam hormônios masculinos, as galinhas mudavam a forma de ciscar o alimento. Primeiro comiam todos os grãos vermelhos, até acabar, depois todos os amarelos. As outras comiam os grãos de todas as cores sem nenhuma ordem.
Solução
Dê ao homem uma única coisa para fazer de cada vez e não tente convencê-lo de que você está economizando um monte de dinheiro comprando uma quantidade maior. Nunca lhe pergunte "Você acha que eu fico melhor com o vestido azul ou com o dourado?". De um modo geral, o homem se sente ansioso porque sabe que nunca terá a resposta certa e vai, portanto, errar e deixar a mulher aborrecida. Por isso, poupe-o da pergunta. Se a mulher pede ao homem para comprar alguma coisa para ela ou para pegar um determinado artigo, tem de lhe dar o tamanho exato da roupa que deseja. Se ele pega um número maior, ela o acusa de insinuar que está gorda. Se pega um número menor, ela vai achar que está engordando. Quando está experimentando roupas, enquanto o homem espera do lado de fora do provador, na Cadeira-do-Marido-Entediado, a mulher deve providenciar uma revista para ele ler.
Eu sempre seguro a mão dela. Se eu soltar, ela compra.
Mesmo com essas estratégias, é importante que você se lembre: a concentração da maioria dos homens nas compras tem um . alcance máximo de trinta minutos.
Por que os homens têm hábitos pessoais tão desagradáveis?
Em toda parte, as mulheres se queixam de que os homens têm muito mais hábitos pessoais inaceitáveis do que elas, mas as pesquisas não sustentam essa tese. Os homens são mais tolerantes em aceitar o que consideram maus hábitos femininos e prestam menos atenção nos detalhes do que as mulheres. É menos provável, conseqüentemente, que eles percebam um hábito feminino ofensivo.
A vantagem de ser homem é não ter de sair da sala para ajeitar as partes íntimas.
No alto da lista de hábitos masculinos que as mulheres não toleram estão: tirar meleca do nariz, arrotar, cheirar mal, vestir cueca velha e coçar o saco. Mas o número um, de longe, é o que se chama vulgarmente de soltar pum, coisa que tem um nome horrível: peidar. Flatulência: substantivo, feminino: um subproduto constrangedor da digestão; substantivo, masculino: uma fonte inesgotável de diversão, auto-expressão e diversão masculina. Embora seja um sinal de saúde e boa alimentação, soltar pum é um ato universalmente reprovado pelas mulheres. Entre os homens, soltar pum por diversão é uma prática que começa mais ou menos aos dez anos, idade em que o prestígio dos meninos se mede pela capacidade de soltar variados tipos de puns, seja imitando vozes ou lançando labaredas azuis pelo quarto com o auxílio do isqueiro. O arroto vem classificado em segundo lugar, um pouquinho atrás.
Flatulência: os fatos
Enquanto 96,3% dos homens reconhecem que soltam puns, apenas 2,1% das mulheres irão admitir o mesmo algum dia. Os homens soltam cerca de doze puns por dia e as mulheres, sete. Enquanto os homens emitem uma média de 1,5-2,5 litros de gás, suficiente para encher uma bexiga, as mulheres emitem 1-1,5 litro de gás por dia. As principais causas do excesso de gases é falar demais e falar durante a refeição. O ar fica preso no sistema digestivo e, embora a maior parte seja arrotada, o restante vai para o intestino grosso, onde se mistura com outros gases e fica preparado para estourar nas situações mais inusitadas.
Alimentos indesejáveis
Os alimentos que mais produzem gases são couve-flor, cebola, alho, repolho, brócolis, farinha, pão, feijão, cerveja, frutas e vegetais em geral. Conseqüentemente, os vegetarianos soltam muito mais puns, embora com muito menos cheiro.
Dentre os produtos que reduzem a quantidade de gases produzidos pelo organismo estão as pastilhas de carvão, os prepara-dos "desgasificantes" e os produtos à base de hortelã e gengibre.
Solução
Um remédio óbvio é preparar refeições saudáveis com menor quantidade de gêneros produtores de gases e oferecer ao homem uma xícara de chá de hortelã depois da refeição, em vez de café. Combinações alimentares também dão bons resultados, como, por exemplo, nunca juntar carboidratos e proteínas na mesma refeição.
Nunca se deve deixar o homem comer alimentos produtores de gases menos de duas horas antes de deitar.
Além disso, incentive o homem a não beber água durante a refeição. Antes, não há problema, mas beber durante a refeição dilui os sucos digestivos, aumentando a probabilidade de soltar gases mais tarde. Procure dar o exemplo. Mastigue muito bem a comida, coma devagar e não veja TV durante a refeição. Mas se ele insistir em comer depressa e soltar pum a toda hora, talvez você precise de táticas mais eficientes. Veja o exemplo de uma de nossas leitoras.
Toda vez que saía com Sharon, Nigel soltava puns enormes em lugares públicos, como lojas de departamentos. Fazia isso com a cara mais lavada, de maneira que ninguém sabia quem tinha sido. Quando os circunstantes se viravam para o casal, Sharon era obviamente considerada culpada, porque ficava toda vermelha e com um ar envergonhado. Nigel achava tudo muito engraçado - até acontecer a grande briga. Em casa, ele soltava puns na cama e chamava isso de "teste do verdadeiro amor".
Sharon decidiu estabelecer o quarto e a cozinha como "zonas de pum proibidas". Quando estivessem num lugar público, pe-diu-lhe que a avisasse pelo menos dois minutos antes quando sentisse vontade de soltar um pum. Se ele não observasse essa norma, ela tiraria da bolsa um rolo de papel higiênico e diria para todo mundo ouvir: "Será que isso ajuda?" Os mascotes também solucionam o problema. Ao ouvir o barulho ou sentir cheiro de pum, é sempre fácil se virar para o cachorro e brigar com ele aos gritos. É importante que a mulher diga ao homem, com a maior objetividade e serenidade possíveis, o quanto esse hábito a incomoda. A mulher pode deixar claro que o pum no quarto de dormir - sobretudo na cama de casal - lhe tira toda a vontade de fazer sexo. Cuidando da alimentação com o objetivo de soltar menos gases, ele poderá, em troca, desfrutar de uma vida sexual bem mais prazerosa.
Por que os homens gostam de piadas grosseiras?
O humor tem para o homem três finalidades principais: primeiro, conquistar prestígio com outros homens por ter um bom repertório; segundo, ajudar a lidar com acontecimentos trágicos; terceiro, admitir a verdade sobre uma questão em pauta. O riso tem suas raízes em nosso passado remoto quando era usado para alertar outros seres humanos da existência de um perigo iminente, como acontece entre os macacos. O chimpanzé, quando consegue escapar de um leão, foge apressado para uma árvore, joga a cabeça para baixo e produz uma seqüência de sons muito parecidos com o riso humano. Isso adverte outros chimpanzés do perigo. O riso é uma extensão do choro, e o choro é uma reação de espanto e medo, evidente nas crianças desde o nascimento. Quando você assusta deliberadamente uma criança brincando de esconde-esconde, a primeira reação dela é chorar de medo. Quando a criança percebe que a situação não é ameaçadora, ela ri, o que significa que, se por um momento ela experimentou uma reação de medo, o riso sinaliza que ela sabe que era só brincadeira.
Exames de ressonância magnética mostram que os homens riem mais das coisas que estimulam o lado direito do cérebro e que com as mulheres se dá exatamente o contrário. A Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, afirma ter descoberto de onde vem o senso de humor masculino - ele está localizado no lobo frontal do cérebro, acima do olho direito. Os homens adoram humor e piadas que tenham uma abordagem lógica, passo a passo, com alguma conclusão imprevisível. Eis aqui algumas piadas relativamente domésticas que estimulam o cérebro masculino:
Comportamento aprendido - culpe a mãe dele
O cérebro feminino é programado para nutrir e criar principalmente os filhos. As mulheres vivem atrás das coisas que os filhos deixam pela casa, preparam seus pratos favoritos, passam suas roupas, lhes dão dinheiro e os protegem das agruras da vida. Como resultado, os meninos crescem com pouquíssimas aptidões e habilidades domésticas e com um baixo grau de entendimento de como se relacionar com uma mulher. Sentem-se atraídos por mulheres que, tal como a mãe, vão nutri-lo e servi-lo. No começo de um novo relacionamento, a maioria das mulheres assume este papel, mas quando percebe que ele pode se tornar permanente, as coisas azedam. É importante a mulher entender que, atuando como mãe o tempo todo, acabará reproduzindo a figura materna e o homem reagirá com gritos, acessos de raiva e fugas. E não há homem que ache a própria mãe sexualmente atraente.
Como reeducar o homem
O treinamento de qualquer pessoa - criança ou adulto - para fazer o que você quer que ela faça é sempre o mesmo. Você premia o comportamento que deseja e pune o que não quer. Como já sugerimos, se o homem largar as roupas ou a toalha molhada pelo chão, em vez de colocá-la no cesto de roupa suja, explique educadamente que você gostaria que a roupa fosse colocada no cesto para ser lavada. Se ele ignorar o seu pedido, não recolha a roupa nem a toalha. Como elas interferem no seu direito de viver em uma casa limpa, explique que você vai colocá-las num saco plástico dentro de um armário ou debaixo da cama. Quando ele precisar delas, saberá onde encontrar. A chave do problema é anunciar com antecedência as suas intenções e evitar ser sarcástica, sentenciosa ou agressiva, porque isso geralmente produz nos homens um efeito negativo. Quando ele precisar de cuecas, camisas ou toalhas lavadas, o problema será dele, não seu. Da mesma forma, se ele larga ferramentas ou projetos inacabados pela casa, diga-lhe que vai colocá-los num de-terminado armário. Não os coloque na oficina nem em nenhum lugar que seja conveniente para ele, porque isso só irá reforçar o comportamento que você não deseja. Se tem a intenção de reeducar seu homem, resista à tentação de guardar as coisas dele. E quando ele colocar as coisas no lugar certo, recompense sua contribuição com um sorriso, um carinho ou um "muito obrigada". Algumas mulheres ficam horrorizadas com a idéia de agradecer a um homem por ele fazer uma coisa tão simples como recolher as próprias roupas, mas é importante entender que os homens não evoluíram como protetores de ninhos e, por-tanto, o cuidado não é um comportamento "natural" para eles.
Se a mãe de um homem não o treinou para fazer essas coisas, caberá a você treiná-lo. Mas se continuar a recolher e guardar as coisas dele, terá de aceitar que escolheu o papel de substituta da mãe e terá que se conformar com este papel.
Quando você entender como funciona o cérebro masculino, vai descobrir que pode ser muito divertido ter um homem por perto. Os homens são sempre iguais - pode mudar a cor da pele, a cultura ou a religião, mas seus cérebros funcionam da mesma forma, quer tenham nascido em Trieste ou em Timbuktu.
O segredo é administrar os homens de sua vida, em vez de discutir, zangar-se ou frustrar-se com eles. Assim, os dois sexos serão capazes de viver felizes para sempre. E, quem sabe, da próxima vez que perguntarmos às mulheres as sete coisas que os homens fazem deixando-as loucas, talvez elas não consigam mencionar nem três. Talvez.
Texto de Barbara e Allan Pease em " Por que os Homens Mentem e as Mulheres Choram?", tradução de Pedro Jorgesen Junior, Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2003, excertos capítulo II. Digitalizado, adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.